
Eu queria entender as pessoas, não entendo-as, mas sei que elas não tem noção nenhuma de reciprocidade.
É, enquanto o tempo passa, eu me torno ranzinza e sem paciência com as pessoas, vejo-as caindo nos mesmos erros e me machucando outra vez, já fui uma menina alegre com muitos amigos, hoje sou uma menina nem tão alegre com quase nenhum amigo, condição que eu própria criei ao afastar as pessoas de mim por vê-las sendo totalmente ingratas, acabei desistindo delas em público.
Me dói ser anti-social, mas me dói alimentar as pessoas e não receber nenhuma migalha. Não que eu ache que todas minhas ações têm que voltar na mesma proporção, mas me surpreende as pessoas do meu caminho. Sempre fui rodeada de amigos e nomeada a conselheira, tenho um dom muito raro hoje em dia, ouvir. Ouvi de tudo, de todos, passava a mão pela cabeça, oferecia meu ombro, enxugava as lágrimas, nunca me incomodei de ter tal ocupação, mas meu labutar se tornou uma agonia, quando me vi aflita e os outros só queriam jogar sobre mim, suas mágoas e pesares. Me machuquei bastante e cai por terra, ás vezes nos enganamos e percebemos que as pessoas por quem alimentamos um grande sentimento, podem não gostar tanto assim de nós.
Fui descartando um a um da minha lista e aqui estou quase sozinha, vi que nesse mundo temos que ser meros enfeites para sobreviver. Não temos que nos importar com os sentimentos alheios, mas fingir que nos importamos, temos que mostrar gostar, mas gostar muito pouco e não esperar que as pessoas sejam tão boas quanto nós.
Eu não tenho motivação pra coisa alguma, nem de contar nada pra ninguém( a não ser vc blog), me tranquei, aprendi a não desabafar, apesar de ser louca pra alguém se interessar e ouvir a minha história, achar bonitinha e me dar um abraço.
P.S.: Espero que na faculdade eu ignore esse meu lado sentimental e consiga ao menos ter colegas decentes.