30.11.10

Professando

É tão bom pensar nos dias que nos aguardam, dias coloridos, ensolarados, frios, chuvosos, felizes e o melhor de todos, dias completos (leia-se: dias ao seu lado). Meus olhos são vanguardistas, meu coração romanesco e a minha alma intuitiva. Eles vêem um casal brigando pelo controle da TV, brincando de ataque de cosquinha, discutindo os direitos humanos, rindo bem alto de um chaveiro de tigre e querendo ficar junto pelo resto do que ainda resta.

"Gosto muito de você gosto muito de você gosto muito de você sem pausas"

25.11.10

Lua/Sol


Ela olhou pra baixo, ele tinha chegado mais cedo. Tão vistoso e feliz ele subia. Ela observava com os seus olhos grandes, mas não conseguia conter o medo, se afastava. Ele queria cumprimentá-la, mas era tarde demais, ele ocupava o seu lugar e ela ocupava o que lhe coubera. Alguns dias assim, outros não. Ele tentava. Ela fugia. Ela queria, mas tinha medo, era tão instável, uns dias tão cheia outros tão vazia. Ele era constante, apesar de alguns dias mais frios, por dentro era sempre quente. Era por ela que ele cultivava seus desejos. Era com ele que ela idealizava seus planos, perdia as horas imaginando os dois enquanto analisava os apaixonados, seria possível ? Melhor não, arriscar e não levar, dói. Certas noites ela chorava. E ele? Certos dias ele queimava. Maldição, não vê que sofrer não é uma lei. Ele queria sua confiança. As ondas eram testemunhas, se moviam por ela e se aqueciam por ele. Era certo. Completavam-se então. Sim, completavam-se mesmo na impossibilidade do incompatível, dividiam o mesmo céu e o mesmo amor. Pelo certo ou pelo incerto, ele foi, ela esperou. Os céus mudaram de cor e finalmente a espera se fez justa, de dois fizeram apenas um e só.

21.11.10

i'm Like a bird

I'm like a bird, I'll only fly away
I don't know where my soul is,
I don't know where my home is


Personalidades Sorvetásticas

Bananas Split, são pessoas extremas. Atiçam os sonhos alheios, dão um pedacinho de céu principalmente para aqueles terrenos convictos. São efusivas por demais. Falam um horror, dão palpites em tudo e são meio sensitivos, digamos que uns 70 % do que eles dizem pode ser aproveitado. Usam o slogan: Me ame ou me deixe, hunrum bem ditatorial.Quando raivosos são capazes de provocar um bela dor de barriga a um desafeto.

Sundaes, são pessoas intermediárias, todo mundo vai com a cara, otimistas, podem alegrar as pessoas por perto ou simplesmente passar despercebidas, podem ser comunicativas ou incolores, mas nunca exibicionistas. Em geral transmitem uma boa energia, não chegam a popularidade. Interessam-se pelo comum, não aderindo ondas revolucionarias. Levam uma vida tradicional e acham isso o máximo. Sonham com uma casa de três quartos, um gol zero na garagem e um casal de filhos.

Petit Gateau, são aquelas pessoas mais sensíveis que choram por tudo. Conquistam tudo na manha, não há quem não fique de coração mole com os seus apelos. Bonitinhos e carinhosos chegam a se assemelhar com ursos de pelúcia, todo mundo tem vontade de abraçar, ninguém resiste aos olhinhos nem ao sorriso.Fofos.Gostam de estudar e sua matéria preferida é redação. Querem fazer ciências sociais e mudar o mundo, mas tendem a se magoar com facilidade principalmente quando, mesmo sem querer, eles mesmos ou outras pessoas violam seus valores.

E há os frapês de café, eles não gostam e nem combinam com domingos de sol. São aquelas pessoas um tanto quanto melancólicas, levam as mágoas em seus olhos ( normalmente escuros), se identificam com os dias nublados, vão ao cinema sozinhos. Sentem falta das pessoas, mas não são corajosos suficientes para assumir que ninguém é autônomo. São lamentadores, raramente solidários, mas cultivam no fundo de suas almas, atrás de todo café uma doçura a qual algumas pessoas conseguem enxergar de primeira.

20.11.10

"E "caos", você sabe. É uma palavra chiclé-balão. Pode explodir na nossa cara"
Luís Fernando Veríssimo

12.11.10

Patior

Ah, a paixão! É como uma aspirina para a alma. Ficar apaixonado é um alívio. Transcende-se a monotonia e o tédio. Tão simples e tão elaborada como um filme em stop motion. Deixe me ver,se pudesse a defini-la seria como paixão: psicodelia. Cores, cheiros, sabores, tudo numa dança, uma sinestesia só. Aliás acrescentaria mais, paixão: psicodelia-esquizofrênica. Risos,declarações, planos, conversas com seres inanimados ou inexistentes (no meu caso, o ventilador de teto) fazem parte. Mas o conceito ideal tem que incluir os tão constantes bicos,vozezinhas, posse e carência infinita. Uma verdadeira regressão aos sentimentos infantis, seria então a paixão: psicodelia-esquizofrênica-infantaloíde! Perfecto.

9.11.10

Simplista


Um dia Vanessa me disse:
- não valorize o problema
- é, faz sentido (...)
Quando qualquer impasse piscava em minha mente, eu parava e falava silenciosamente :
‘não valorize o problema.’
É isso que falta em nossas vidas, não valorizarmos os problemas.
Sejam eles grandes, gordos, feios ou baixinhos, não valorize-os.
Valorizá-los é dar o braço a torcer, aceitar que eles possam tomar medidas colossais, como fermento no bolo. As coisas podem não andar muito bem, mas deve haver pelo menos algo, minúsculo que seja capaz de incentivar a alegria. Problemas e melancolia não precisam andar juntinhos, não há porque se afogar em um copo d’água. É simples liquidar os problemas se tentarmos nos transpor para fora da bolha-problema. Externamente é mais fácil perceber quais os rumos corretos a se tomar.
Sou ré confessa desse crime, mas enxergar a simplicidade que envolve os fatos ajuda a não reincidir.
Caros colegas para que a vida mude é preciso mudar a vida. Nunca é tarde pra deixar o pessimismo de lado e observar as coisas boas e finalmente valorizar o que faz bem de verdade.
“Se o problema tem solução, não esquente a cabeça, pois ele tem solução. Se o problema não tem solução, também não esquente a cabeça, pois ele não tem solução.”

6.11.10

2O1O

Estamos em novembro e isso é assustador, como o ano passou rápido, como o ano passou louco. Queria esperar até o mês que vem para fazer uma retrospectiva, mas esperar é demais pra mim. O ano já tá acabando mesmo, se acontecer alguma coisa importante eu acrescento no post. (maldita mania de explicar o que eu faço)
Então, Janeiro de 2010: Luara Hanna, estudante de pré-vestibular, vestibulanda de medicina, namorando e morando sozinha. E em Julho de 2010: Hanna Luara, estudante de direito, solteira e morando com a tia. Resumidamente foi assim, mas vamos prolixar.
Em fevereiro eu pirei, mudei tudo, cansei de não ser eu. Saí sexta, só cheguei segunda, coisa extraordinária que eu achei que nunca ia fazer (culpa do protecionismo dos meus pais), viajei e também fui deixada na rua de madrugada. Conheci tanta gente, um monte de gente legal, um monte de gente nem tão legal assim, pessoas de todos os tipos, grandes, pequenas, gordas e passageiras. Com isso fiz um grande apanhado antropológico. Toda a energia que eu havia guardado durante 19 anos se revoltou e resolveu sair, ela queria mais que correr em minhas veias o destino dela era o mundo. (Não pra liguem pra minha hiperbolia).
Isso significou tanto pra mim. Desde pequenininha sempre fiquei em casa, sempre não pude sair. Vi o mundo passar por mim como quem passa por uma vitrine. Sabe aquela sensação de que você nunca vai ter alguma coisa, era assim que eu me sentia. De repente abriram a gaiola do passarinho e tiveram a coragem de gritar : - Volta passarinho, volta passarinho. Mas já era tarde. O passarinho voou. E voando por aí me apaixonei e eu me adoro apaixonada(é tão bom rir pro ventilador de teto como se ele fosse meu melhor amigo).
E o acontecimento mais importante, finalmente eu sai do armário, parei de tentar fazer coisas que meus pais queriam. Eu seria uma boa médica ou uma boa enfermeira, mas modéstia a parte seria um desperdício. Tudo bem, direito ainda não é bem o que minha alma pede, mas só por estar na área de humanas é um grande avanço. Agora sim, eu posso dizer, estou numa universidade de verdade. Pensei que era só em filmes toda aquela alegria, mas não, é de verdade. É tão legal. E as coisas são, como as coisas são, depois de um caos danado tudo se arruma, nem a melhor organizadora do mundo faria um trabalho tão bem feito. Ainda bem que a vida faz de graça.
Em 2010 eu comecei de novo. Deixei uns velhos hábitos pra trás adquiri alguns novos. Descobri que a despirocação não é pra mim. Sigo buscando o equilíbrio. Precisava girar esses 360 ° drastizar minha vida para descobrir quem eu realmente sou ou pelo menos o caminho pra isso. Estou tão feliz ,estou tendo o meu melhor ano (bico: não queria que você acabasse 2010).
Enfim, tomara que seja só o primeiro dos muitos anos felizes da minha vida. Nhááá, já contei que eu também vou ser tia madrinha ?

Titia - Madrinha.

Eu vou ser titia madrinha,
que lindo isso, né?!
Sempre quis ser tia,
tia e madrinha então era meu sonho.
Minha irmã de todos tempos vai ter um bebê.
Imaginem, um bebê me chamando de tia dinda.

Preparem-se bebês para se apaixonar por mim,
a tia madrinha mais gatinha e gente boa da galáxia ;)

Isso tudo é pra eu dizer que estou muito feliz e empolgada por vc, Tamy.
E também estou amando a idéia de um novo bebê na minha vida.
nhááá

5.11.10

gleubt





Quero um dia provar pra mim
que eu sei escrever algo além de historinhas sobre,
amores platônicos, não-reciprocidade,
risadas apaixonantes, seres inasentimentados
e homens extremamente cafajestes.

* enquanto isso não rola,
eu sofro abstinência blogal.

Aproveitando a deixa e já que eu estou por aqui... querido amigo blog, hoje machuquei meu dedinho falei pra todo mundo e ninguém me deu bola. Estou frustrada. O que fazer, pra acabar com birrinhas dignas de um menino de 7 anos ? Não me mande tomar vergonha na cara...errrrrr...tia Ninha já fez isso...

...

desapegar   v. tr. 1.  Despegar. 2.  Fazer perder a afeição a. v. pron. 3.  Perder a afeição a. 4.  Perder o interesse, o e...