28.1.09

Aviso prévio


Hoje me deu vontade de remediar minhas crises, remediá-las previamente.
É nada basta: casa, faculdade, namorado, tudo me parece tão volátil, apesar de ser seguro. É inevitável, fico checando a casa pra ver se as paredes são boas mesmo, fico desconfiando do namorado pra ver se ele me ama mesmo, fico imaginando um monte de coisa da faculdade. Entendo agora por porque as pessoas falam que a felicidade não existe é pela a nossa ingratidão com a vida, não nos acostumamos a não ter problemas, podemos ter tudo, mas faltam os problemas, ai a gente fica inquieto, checando os alicerces, procurando uma encanação furada, umas goteiras no teto, até voltar ao estado inicial que é o caos.
Então antes que eu estrague tudo é bom ler isso de vez em quando.

22.1.09

new place


Desde menor, sempre me imaginei tendo a minha casa, onde eu poderia fazer tudo que me desse vontade, as responsabilidades sempre me chamaram atenção, vejo as de uma forma positiva. E finalmente aos 17 anos, acreditem, consegui realizar um dos meus maiores desejos, morar sozinha. Tudo bem a rotina não é super animada, eu não dou festas, nem saio de casa na sexta e chego na segunda, na verdade passo horas sem conversar com ninguém e varro o chão cada vez que eu encontro um fio de cabelo caído, mas a paz interior que me invade por estar sozinha, é algo divino, sou individualista e filha única, solidão é algo que eu já me acostumei.
Minha mãe é do tipo ditadora, prega que se deve sair e chegar as dez horas e fala o tempo todo do quanto é importante acordar as seis e não se esquecer de molhar as plantas, meu pai (que ele nunca leia isso)é o típico homem na que se incomoda com tudo, eu não acho isso uma grande coisa, as famílias são assim, mas tudo isso incomoda a longo prazo e simplesmente essa não é a filosofia que eu quero seguir. Não é que eu queira me livrar de todos a todo custo, mas quero a liberdade se ser quem eu sou num ambiente meu, é intendível apesar da minha pouca idade.
Então não estranhem meu longo tempo fora, meu novo Apto não tem internet, nem antena pra ver TV... rsrsrs
E torçam por mim.

6.1.09


Eu queria entender as pessoas, não entendo-as, mas sei que elas não tem noção nenhuma de reciprocidade.

É, enquanto o tempo passa, eu me torno ranzinza e sem paciência com as pessoas, vejo-as caindo nos mesmos erros e me machucando outra vez, já fui uma menina alegre com muitos amigos, hoje sou uma menina nem tão alegre com quase nenhum amigo, condição que eu própria criei ao afastar as pessoas de mim por vê-las sendo totalmente ingratas, acabei desistindo delas em público.

Me dói ser anti-social, mas me dói alimentar as pessoas e não receber nenhuma migalha. Não que eu ache que todas minhas ações têm que voltar na mesma proporção, mas me surpreende as pessoas do meu caminho. Sempre fui rodeada de amigos e nomeada a conselheira, tenho um dom muito raro hoje em dia, ouvir. Ouvi de tudo, de todos, passava a mão pela cabeça, oferecia meu ombro, enxugava as lágrimas, nunca me incomodei de ter tal ocupação, mas meu labutar se tornou uma agonia, quando me vi aflita e os outros só queriam jogar sobre mim, suas mágoas e pesares. Me machuquei bastante e cai por terra, ás vezes nos enganamos e percebemos que as pessoas por quem alimentamos um grande sentimento, podem não gostar tanto assim de nós.

Fui descartando um a um da minha lista e aqui estou quase sozinha, vi que nesse mundo temos que ser meros enfeites para sobreviver. Não temos que nos importar com os sentimentos alheios, mas fingir que nos importamos, temos que mostrar gostar, mas gostar muito pouco e não esperar que as pessoas sejam tão boas quanto nós.

Eu não tenho motivação pra coisa alguma, nem de contar nada pra ninguém( a não ser vc blog), me tranquei, aprendi a não desabafar, apesar de ser louca pra alguém se interessar e ouvir a minha história, achar bonitinha e me dar um abraço.

P.S.: Espero que na faculdade eu ignore esse meu lado sentimental e consiga ao menos ter colegas decentes.

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desapegar   v. tr. 1.  Despegar. 2.  Fazer perder a afeição a. v. pron. 3.  Perder a afeição a. 4.  Perder o interesse, o e...