Era uma vez uma garota que não sabia amar. No seu dicionário não havia a palavra limite e várias vezes ela cruzava a tênue linha entre o amor e o sofrimento. Era comum vê-la ás 7 da manhã na janela sorrindo e ás 7 da noite chorando, sorria por amar demais e chorava por amar demais. Sentia queimar na sua pele o insuportável martírio que era amar errado. Ora desprezava o amor que diziam ser eterno ora venerava as promessas falsas trazidas pelo vento e por isso o destino fazia dela uma garota solitária, por caminhar demais, ir além demais, cruzar os cruzamentos e pegar o bonde errado.
E de nada adiantava ir ao médico ou tomar aqueles xaropes de caramelo, nada adoçava sua vida nem curava o seu defeito. Talvez devesse saná-lo de uma vez e nem por insistência amar ninguém, só é claro, os animais. Ou entender a initendível dinâmica das regras amorosas que não vem escritas em uma legislação, mas lá dentro do coração.
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