6.1.09


Eu queria entender as pessoas, não entendo-as, mas sei que elas não tem noção nenhuma de reciprocidade.

É, enquanto o tempo passa, eu me torno ranzinza e sem paciência com as pessoas, vejo-as caindo nos mesmos erros e me machucando outra vez, já fui uma menina alegre com muitos amigos, hoje sou uma menina nem tão alegre com quase nenhum amigo, condição que eu própria criei ao afastar as pessoas de mim por vê-las sendo totalmente ingratas, acabei desistindo delas em público.

Me dói ser anti-social, mas me dói alimentar as pessoas e não receber nenhuma migalha. Não que eu ache que todas minhas ações têm que voltar na mesma proporção, mas me surpreende as pessoas do meu caminho. Sempre fui rodeada de amigos e nomeada a conselheira, tenho um dom muito raro hoje em dia, ouvir. Ouvi de tudo, de todos, passava a mão pela cabeça, oferecia meu ombro, enxugava as lágrimas, nunca me incomodei de ter tal ocupação, mas meu labutar se tornou uma agonia, quando me vi aflita e os outros só queriam jogar sobre mim, suas mágoas e pesares. Me machuquei bastante e cai por terra, ás vezes nos enganamos e percebemos que as pessoas por quem alimentamos um grande sentimento, podem não gostar tanto assim de nós.

Fui descartando um a um da minha lista e aqui estou quase sozinha, vi que nesse mundo temos que ser meros enfeites para sobreviver. Não temos que nos importar com os sentimentos alheios, mas fingir que nos importamos, temos que mostrar gostar, mas gostar muito pouco e não esperar que as pessoas sejam tão boas quanto nós.

Eu não tenho motivação pra coisa alguma, nem de contar nada pra ninguém( a não ser vc blog), me tranquei, aprendi a não desabafar, apesar de ser louca pra alguém se interessar e ouvir a minha história, achar bonitinha e me dar um abraço.

P.S.: Espero que na faculdade eu ignore esse meu lado sentimental e consiga ao menos ter colegas decentes.

5 comentários:

Marconi disse...

^^
Olá Hanna, ando passando pelo seu blog faz um tempinho, mas acho que nunca comentei, isso é falta de educação eu sei, mas acho que só agora achei um motivo pra isso...
Sim, devo concordar que a raça dos ouvintes está em extinção ultimamente, e que também acabamos sendo os conselheiros e os ombros dos conhecidos, coisa que ao meu ver acontece meio que naturalmente.
Já compartilhei esse sentimento de querer desistir de tudo, chutar o balde, por causa exatamente de cansar de jogar pérolas aos porcos.
O sentimento de solidão também não me é estranho, devo dizer que acho que boa parte, se não tudo, o que você está passando eu também já passei, e sinceramente, em grande parte você está certa no que disse.
Cada caso é um caso já disse um sábio algum dia, mas na mina humilde opinião, chute mesmo o balde, ignore quem deve ser ignorado, estravase, faça o que vier a cabeça e que te faz feliz, e dane-se o mundo. Mude, mas nunca deixe de ser você mesma, isso é o mais importante.
Vai chegar o momento em que a gratidão dos outros vai se tornar pequena, o importante é que você se sinta feliz do jeito que você é, se os outros não sabem valorizar isso, azar o deles, a tua felicidade vai fluir naturalmente de ti mesmo e daqueles que são importantes pra ti.
E se quem é importante pra ti não te valoriza, bem então vá ao mundo e conheça-o, sempre tem gente boa lá, mas as vezes a gente nem percebe...
A, e sim, a tua história é interressante, cá estou eu como prova disso, achei o teu blog sem querer e volta e meia passo por aqui pra ver se tem algo novo...
^^
Bem, falei falei e falei, nem sei se eu mesmo não me perdi no que falei, ou se repeti o que falei, mas falei de qualquer maneira...
^^
Te desejo tudo de bom, e muita felicidade, porque pessoas assim como tu merecem isso.
No mais, eras isso. Espero novos posts, e com motivos mais alegres viu
^^

PS: Um abraço imaginário, mas verdadeiro, então pode se sentir abraçada...

Marconi disse...

nossa, ficou mais longo do que eu havia imaginado

Carol disse...

Quêri, eu te escuto. Virtualmente, mas te escuto. E fico anciosa quando tu fica muito tempo sem "falar" nada. Sou boa em ouvir e dar conselhos, mas ando uma merda quando o assunto sou eu mesma. Tb não acho ninguém que tenha respostas, mas acho que nem eu mesma tenho. O que a gente faz? Terapia? Sei lá! Andei muito melhor comigo mesma, me tratando melhor, me cuidando melhor, mas ultiamente... Me larguei nas cordas, tenho que me puxar de lá. Viu? Somos todos malucos e quase sozinhos. Temos é que encontrar malucos como nós... E o dono do outro comentário é uma pessoa muito querida. Meu colega pensador. Ele pensa muito, deveria aprender isso com ele. Beijao pra ti.

Marconi disse...

Valeu Carol, olha só, fui elogiado num blog, mas não é um meu...
^^
nossa eu escrevi tanto o outro dia, não deve estar errado, mas deve ter faltado café, quando eu bebo café sou mais sucinto.
Tá, nem tento, mas fico mais claro quando falo...
^^

nem sei... disse...

:S

.nai

...

desapegar   v. tr. 1.  Despegar. 2.  Fazer perder a afeição a. v. pron. 3.  Perder a afeição a. 4.  Perder o interesse, o e...