13.6.10

E uma risada riu na hora errada



Me dei como apaixonada quando ouvi aquela risada ecoando no meu pensamento sem parar. Me peguei perguntando mil vezes o que fazer pra vc me notar. Sabe,naquele dia em que te vi, de repente um flash de cinco segundos piscou em minha mente. Eu te olhei e vi tudo que eu sempre quis (quem me dera fosse um deja vu). Cinco segundos. Cinco segundos que poderiam ser um aviso ou um devaneio qualquer. Fiquei viajando no futuro, imaginando que se fosse, poderia ser perfeito. Poderia ser. Apostei todas minhas fichas e minha empolgação no aviso. Porém os dias reais foram passando e as engraçadas circunstâncias que me levaram à vc acabaram ficando pra trás.

Eu sei, fiz burrices&bizarrices à la vonté. Ficar ‘apaixonada’ requer prática e apesar de todo meu longo histórico romântico estou bem enferrujada nesse ramo. Logo, todo meu tato pra não te assustar foi em vão, libertei o meu monstrinho, você conheceu o meu lado mais frágil, a insegurança. Maldita vontade de ter e não possuir. Nunca me dei bem com isso, sou filha única e antigamente meus olhinhos me ajudavam mais.

Não sei se há concerto. Eu me julgo e meto os pés pelas mãos, tento não pensar no que vc está pensando, mas já é tarde demais. Isso é utopia. Queria ter um jeito pra falar, aliás mais que falar, queria te mostrar. Pegar na tua mão, entrar no meu mundo, atravessar os espelhos e te tirar do cercadinho dos banais. Mostrar que apesar de esperar muito das pessoas a gente sempre acaba subestimando a real capacidade que elas têm de nos fazer feliz. E voltar a ser eu, sem medinhos medíocres.

Porém nem todos os dias são de sol e as expectativas não fazem das coisas reais e agora o que restou, uma dor de cotovelo e uma risada ecoando, ecoando, ecoando.

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