16.2.10


Hoje sentada em um banquinho debaixo do chuveiro, pensei em uma pergunta, pergunta que eu já havia visto antes, mas nunca dei uma resposta de sentido completo. A velha pergunta do perfil do Orkut, ”Com os Relacionamentos anteriores aprendi:”. Eu já aprendi muitas coisas, de fato,  mas nunca fiz uma análise sobre. Logo comecei a organizar tudo que eu já havia pensado, todas as minhas certezas,  sobre o bom e velho amor. E surpresa, quanta diferença. Eu mudei muito de opinião. E olha que nem se foram duas décadas de vida ainda. Mas “meu” amor de hoje é totalmente diferente do que já foi um dia .

Primeiro, antes eu achava que amor era uma coisa “exclusiva”, que se amasse alguém uma vez, iria amá-lo o resto da vida e pronto. Ninguém mais poderia ter esse mérito. Poooon. Errado, hoje eu vejo que cada um só viveu o quanto amou é mais que possível amar várias pessoas durante a vida toda. Porque o amor é bem mais abstrato e abrangente do que a nossa pequena mente possa imaginar. Amor não é um sentimento carnal, ou egoísta, amor é a maneira que Deus nos deu pra compensar a nossa imperfeição, isso, ele é o caminho da perfeição.

Segundo, Deus criou o amor o homem criou o compromisso, logo o amor é perfeito e o compromisso é falho. Sempre achei que pra ser 100 % feliz, tinha que ter alguém do meu lado, um namorado ou um marido talvez. Hoje eu entendo que isso não é nem metade dos 100%, que não adianta criar títulos pra uma coisa como o amor. Quanto mais amor mais compromisso? Nunca, o amor independe desse status.

Terceiro, o amor é livre. Quanto mais amamos as coisas, mais temos necessidades de deixá-las livres. De vê-las caminharem com as suas próprias pernas e de voltar andando pra gente. Não por necessidade, mas por querer. Os amados devem ser complemento, não totalidade na vida de ninguém. Então, ciúmes, posse... nada disso caracteriza o amor, muito pelo contrario, caracteriza o avesso dele, o amor é compreensivo e livre.

Enfim, isso não é nem um quarto de tudo que eu pensei sobre, mas é tudo que eu lembro, depois de muitas horas de sono. Mas eu sei que tudo que eu pensei, vai ser bem diferente do que eu possa pensar amanhã. O que trás outra idéia, o amor muda, não é fixo, ele se remonta de acordo com as situações. Isso é um alívio pra mim, quase um álibi, pois o amor permite que hoje você ame alguém mais que sua própria vida e amanhã você ame esse mesmo alguém como amaria um estranho.

Um comentário:

Carol disse...

Oi, eu precisei viver quase 3 décadas pra descobrir isso, mas descobri da melhor maneira: amando uma pessoa. Quanto mais livre percebo que ele é, mais feliz eu fico e mais eu amo ele. Beijão

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desapegar   v. tr. 1.  Despegar. 2.  Fazer perder a afeição a. v. pron. 3.  Perder a afeição a. 4.  Perder o interesse, o e...