6.11.10

2O1O

Estamos em novembro e isso é assustador, como o ano passou rápido, como o ano passou louco. Queria esperar até o mês que vem para fazer uma retrospectiva, mas esperar é demais pra mim. O ano já tá acabando mesmo, se acontecer alguma coisa importante eu acrescento no post. (maldita mania de explicar o que eu faço)
Então, Janeiro de 2010: Luara Hanna, estudante de pré-vestibular, vestibulanda de medicina, namorando e morando sozinha. E em Julho de 2010: Hanna Luara, estudante de direito, solteira e morando com a tia. Resumidamente foi assim, mas vamos prolixar.
Em fevereiro eu pirei, mudei tudo, cansei de não ser eu. Saí sexta, só cheguei segunda, coisa extraordinária que eu achei que nunca ia fazer (culpa do protecionismo dos meus pais), viajei e também fui deixada na rua de madrugada. Conheci tanta gente, um monte de gente legal, um monte de gente nem tão legal assim, pessoas de todos os tipos, grandes, pequenas, gordas e passageiras. Com isso fiz um grande apanhado antropológico. Toda a energia que eu havia guardado durante 19 anos se revoltou e resolveu sair, ela queria mais que correr em minhas veias o destino dela era o mundo. (Não pra liguem pra minha hiperbolia).
Isso significou tanto pra mim. Desde pequenininha sempre fiquei em casa, sempre não pude sair. Vi o mundo passar por mim como quem passa por uma vitrine. Sabe aquela sensação de que você nunca vai ter alguma coisa, era assim que eu me sentia. De repente abriram a gaiola do passarinho e tiveram a coragem de gritar : - Volta passarinho, volta passarinho. Mas já era tarde. O passarinho voou. E voando por aí me apaixonei e eu me adoro apaixonada(é tão bom rir pro ventilador de teto como se ele fosse meu melhor amigo).
E o acontecimento mais importante, finalmente eu sai do armário, parei de tentar fazer coisas que meus pais queriam. Eu seria uma boa médica ou uma boa enfermeira, mas modéstia a parte seria um desperdício. Tudo bem, direito ainda não é bem o que minha alma pede, mas só por estar na área de humanas é um grande avanço. Agora sim, eu posso dizer, estou numa universidade de verdade. Pensei que era só em filmes toda aquela alegria, mas não, é de verdade. É tão legal. E as coisas são, como as coisas são, depois de um caos danado tudo se arruma, nem a melhor organizadora do mundo faria um trabalho tão bem feito. Ainda bem que a vida faz de graça.
Em 2010 eu comecei de novo. Deixei uns velhos hábitos pra trás adquiri alguns novos. Descobri que a despirocação não é pra mim. Sigo buscando o equilíbrio. Precisava girar esses 360 ° drastizar minha vida para descobrir quem eu realmente sou ou pelo menos o caminho pra isso. Estou tão feliz ,estou tendo o meu melhor ano (bico: não queria que você acabasse 2010).
Enfim, tomara que seja só o primeiro dos muitos anos felizes da minha vida. Nhááá, já contei que eu também vou ser tia madrinha ?

Um comentário:

Carol disse...

Oi, sumida, mas não esquecida. Sempre que posso te leio. Acho que nosso 2010 foi muito parecido. O meu doeu um pouco, mas agora já estou vendo que as alegrias curaram as cicatrizes. Beijão pra ti.

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